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O ´''feminismo punk'' e sua subversiva poesia

  • jhoey chinalder(gina gótica)
  • 14 de ago. de 2016
  • 3 min de leitura

trans Jayne County

Definir o que é '‘punk'’ e o que é '‘feminismo'’ é falar em um grande abismo, considerando a semântica que ambos os termos podem possuir: o punk como uma forma de expressão musical rebelde, crua e direita, e o feminismo como a afirmação da mulher que procura explorar, questionar e destruir estereótipos de gênero e paradigmas tradicionais dentro desse tema.

O feminismo, em seu histórico tem posições e interesses políticos sim.Vemos Margaret sander, era uma intelectual racista assumida, ajudou na esterilização de muitos negros e doentes, anos mais tarde o nazismo usou da esterilização como um meio de extermínio. Sua primeira clinica de aborto foi em um bairro negro e pobre americano, temos a Simone Beauvoir, inspirou muito o feminismo, acusada de pedofilia, ela trabalhou em uma radio nazista . Punk é feminismo como instituição privada da elite, são dois extremos literalmente, impossíveis de andarem juntos, mas vamos entender os ideiais feministas dentro do punk, que logo são bem interessantes.

O movimento riot grrrl foi um movimento contra cultural dentro do punk, apesar de ser associado com o feminismo de terceira onda, na trajetória do feminismo teve suas diversas ondas, riot incentivava ações culturais dentro do contexto punk, não existia como instituição privada, como outras instituições feministas, incentivavam a criação de fanzines, um incrivel meio de comunicação e de dar voz a essas mulheres, ate então mudas socialmente.

Existe uma grande diferença de movimentos feministas e lutas femininas, observamos na dialética de hoje, nessa trajetória do punk vemos em pesos vozes e personalidades femininas que contribuíram culturalmente e socialmente, e principalmente para o punk, no caso da musa nina hagem que dividiu ''garota de berlim''com supla, personalidade marcada pela irreverencia e exentricidade, afirma em uma entrevista exclusiva que deu a revista serafina da folha de são paulo, que ela nunca foi punk, agora ela berra os seus ensinamentos de cristã, na qual ela segue hoje.

Por que fará um Réveillon burlesco, sem guitarras, gritos e cuspe? Porque Nina Hagen não é punk. "Eu não era punk. Nunca fui. Eu era artista. Sou humana, não punk." Diz que sempre cantou o que viesse: reggae, ópera, música clássica, gospel e cabaré. "A imprensa tentou me colocar num cercadinho punk.

No caso da Patti Smith, trouxe uma sensibilidade e uma rebeldia contida, outrora não vista no punk, ate hoje carrega o peso de ter trazido a poesia ao punk, ela inspirou muitos artistas, atraiu um novo publico ao punk o da ''elite', um divisor de águas, trouxe novos olhares, pessoas puderam contribuir com a mensagem que o punk queria carregar, objetivo é desconstruir e libertar. É impossível imaginar o Punk, e ainda mais o punk feminista, sem Patti Smith,e o grito pela liberdade se impõe em suas canções marcantes, em Landconte conta historia de abuso em um garoto, logo essa musica torna-se a sua própria historia.

jayne County

O feminismo dentro do punk foi abraçado pelo movimento anarcho punk, bandas como Rubella ballet, rubella foi quem transfomou toda estética do anarcho punk, a vocalista Annie anxiety foi performer, , atriz, artista plástica, levou todo esse lado performático para a banda, esse visual lúdico foi a marca do grupo, visual que marcara o anarcho punk, ela foi uma das bandas na fase do anarcho e o gotico, foi uma cultura super emergente, teve a migração de anarchos para esse movimento, a sonoridade da banda, digamos reflete um pouco isso.

Banda Hagar the wonb 1987 formada por mulheres, bem interessante o som, varias vozes formando um coral, um surto coletivo, eu particularmente adoro essa sonoridade delas.

Jayne County talvez a primeira transexual punk, teve como inspiração a patt, ele passou por diversos gêneros musicais incluindo o punk, foi atriz e DJ, ela representou essa dualidade do punk rebelião/construção, a pedra sintetiza bem essa dualidade, a pedra pode construir e destruir também, o grito de liberdade não possui uma única voz, ele é singular e não é lúdico. Claro muitos vão afirmar a patt não era punk como movimento, qualquer forma sendo ou não legitimamente, ela contribui muito na visibilidade punk, fez essa ponte dialogo do subterrâneo ate a superfície.

Maria teta, cantora punk peruana, meados de 80, participou de bandas como excomulgados, delirios krónicos, contribuiu e muito culturalmente, ela surgiu na época da ditadura peruana, onda oscura, não podia-se ouvir rock, somente o som andino, onde surgiu varias bandas de post punk/gótico tbem, os peruanos (underground) não curtem muito a maria, por ela ser desbocada e falar o espanhol rápido (errado) peruano odeia, falo isso porque tive vários amigos de La, ela tbem contribuiu com lutas femininas na época, ou seja, foi precursora.

O feminismo dentro do punk, o único objetivo era dar voz a mulher, equidade, nesse grito de liberdade que é singular, porem é um conjunto de um plural, as mulheres sem duvida deram um toque a mais punk, poetico porem subversivo sem duvida,nunca esqueçam disso, bjs das trevas iluminadas do meu caixaummmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm

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